Ficha Técnica
Partida e chegada: Monte de São Marcos.
Âmbito: Desportivo, cultural, ambiental e paisagístico.
Tipo de percurso: De pequena rota, utilizando caminhos rurais, tradicionais e de montanha.
Distância a percorrer: 5,5 km em circuito.
Nível de dificuldade: baixo
Duração do Percurso: Cerca de 2 horas.
Desníveis: Moderados.
Cota máxima: 460 metros.
Época aconselhada: Todo o ano.
Destaques:
• Capela de São Marcos
• Capela de Muna
• Caminho de Santiago
• Igreja de Santiago
• Ponte da Portela
Descrição do Percurso
O Monte de S. Marcos situa-se na freguesia de Santiago de Besteiros, Concelho de Tondela.
Seguimos as placas que, na EN 228, em Muna, nos levam a serpentear a encosta, pela estrada asfaltada, encontramos o referido Monte. É aí que se inicia este percurso.
Na área envolvente encontramos, além da Capela de S. Marcos, um circuito de manutenção, um parque desportivo e também um parque de merendas que, decerto será particularmente agradável para algum repouso no fim da jornada.
A vista sobre o Vale de Besteiros é surpreendente e predispõe-nos à caminhada.
Esta inicia-se em sentido descendente, na estrada de acesso, e percorridos cerca de 500m, vira-se à esquerda para entrar pelo caminho florestal que desce suavemente até à ponte sobre a Ribeira da Misarela, já anunciada pelo barulho das suas águas em torvelinho encosta abaixo. Logo a seguir a Ribeira do Carvalhal. A floresta que até aqui dominou a paisagem permite-nos, ao longo do Caminho do Fojo e de onde em onde, vislumbrar terrenos agrícolas no vale sulcado pela Ribeira.
Após um breve troço de estrada secundária, há que atravessar a EN 228 e entrar na povoação de Muna, onde se assim entender, percorrido um pequeno ramal é possível visitar a Capela da Nª Sra. da Penha.
Retoma-se o traçado do percurso seguindo em direcção ao Caminho do Chão das Vinhas que, como o nome sugere, percorre uma extensão considerável de vinhedos e zonas agrícolas até à estrada asfaltada, que agora se sobrepõe ao que foi, em tempos, uma das importantes vias que levaram peregrinos a Santiago de Compostela.
Apesar das marcas do Tempo, a relevância que teve, ficou até hoje associada a esta freguesia dando-lhe o seu nome, e o seu patrono: São Tiago. A fachada da Igreja Matriz, exibe de forma expressiva, o símbolo dos Caminhos de Santiago: uma concha de vieira.
A caminhada prossegue pela rua da escola, até à portela, onde nos deparamos com mais uma das marcas da passagem dos caminheiros de outrora: a Ponte da Portela, sobre a Ribeira de Agua d’Alte, cuja toponímia se deve à existência de uma pequena cascata a montante.
Daqui, o trajecto dirige-se ao centro da aldeia. Neste ponto, os caminhos de Santiago seguem o seu rumo pelas encostas da Serra do Caramulo, e o percurso, afasta-se seguindo pelo caminho do Bogalhal, lado a lado com uma longa extensão de regadios em direcção às azenhas do Bogalhal, nome dado a uma linha de 3 moinhos de água agora mais esquecidos, mas que não deixam de imprimir uma forte marca na paisagem, fazendo lembrar a quem passa, a azáfama de trabalho agrícola que por aqui terá existido noutro tempo.
Vencido este troço, de novo o percurso entra pela vasta área florestal que circunda o Monte de S. Marcos. Por entre os caminhos da Mata da Misericórdia, há a descobrir e contemplar calmamente, a diversidade de espécies que a compõem. Pouco mais falta para o final onde a sombra dos sobreiros nos espera e convida a desfrutar uma vez mais da magnífica paisagem.